Esta semana o mundo viu o problemático lançamento do
tão aguardado Beyond: Two Souls e como era de se esperar, a recepção
foi bastante dividida. Finalizei o jogo hoje à tarde e para mim foi uma grata
surpresa.
Talvez a minha paixão pelo cinema tenha colaborado para que gostasse
tanto assim desse jogo. Beyond: Two Souls não deixa nada a desejar para seu
irmão mais velho, Heavy Rain (ambos exclusivos para o PS3). Protagonizado por Ellen Page (que eu adoro) e Willem
Dafoe (também) a trajetória de Jodie e sua entidade Aiden conectados desde o
momento do nascimento envolve do começo ao fim.
A estória de Beyond: Two Souls nos é apresentada em recortes
do que é a vida de Jodie Holmes, num passeio entre futuro e passado em que as
peças do quebra cabeça são reveladas e você começa a entender o que realmente
está acontecendo. O jogo permite quê o espectador/jogador interfira nos
acontecimentos da trama possibilitando reviravoltas que podem ser diferentes
cada vez que você jogue. Outra coisa legal desse tipo de jogo é que a estória
que você influencia pode ser totalmente diferente da que seu amigo está
jogando.
Beyond: Two Souls cria um elo afetivo que te faz não querer
largar o controle até ver o desfecho da vida de Jodie e Aiden. Willem Defoe
aqui é um cientista que consegue construir um aparelho que conecta o mundo dos
mortos com o dos vivos, e Jodie desempenha um papel fundamental para que o
experimento seja bem sucedido, ou não.
Com um final revelador, Beyond: Two Souls propõe uma emersão
total ao seu público alvo, com gráficos de tirar o folego, trilha sonora
arrasadora e personagens muito bem construídos, o jogo faz com que, mesmo o
mais duro coração, bata um pouco mais forte de emoção.