Estreou hoje em São Paulo o musical Priscilla A Rainha do Deserto, adaptação para os palcos do filme australiano que em 1994 foi sucesso absoluto. Ganhador do Oscar de melhor figurino em 1995 e indicado a vários prêmios importantes do cinema como Bafta e Globo de Ouro, Priscilla conta a história de duas drag queens, Anthony/Mitzi e Adam/Felicia, e uma transsexual, Bernadette/Ralph, são contratados para fazer um show travesti em um resort em Alice Springs, uma cidade turística no remoto deserto australiano. Eles viajam a bordo de seu ônibus, Priscilla. No caminho, descobrem que a mulher que os contratou é a esposa de Anthony. O ônibus quebra, e é consertado por Bob, que passa a viajar com eles. Os atores que deram vida aos personagens do filme foram interpretados magistralmente por Terence Stamp (Bernadette), Hugo Weaving (Mitzi) e Guy Pearce (Felicia).
Agora é a nossa vez de poder prestigiar esse espetáculo que vem diretamente de Londres, com figurino original e todos os acessórios e cenários que vimos por lá. Para importar toda a produção, foram gastos entre R$ 6 e R$ 7 milhões. As músicas também são todas originais, sem tradução, como "I Will Survive". Apesar de toda a produção ser importada, o elenco é composto apenas de brasileiros, 27 ao todo. A tríade de atores Luciano Andrey (Mitzi), Ruben Gabira (Bernadete) e Adam (André Torquato) interpretam as personagens de forma natural, mas em algumas cenas com necessidade vocal maior, deixam a desejar. Para apresentar hits como "Go West", do Village People e "I Say A Little Prayer For You", de Dionne Warwick, os atores dublam músicas cantadas por profissionais -- as chamadas "Divas", que dividem o palco durante as canções.
De acordo com o autor, o roteiro foi pouco adaptado, sem alterações exageradas e usando poucas gírias brasileiras, o que deixa o universo vivido no deserto da Austrália mais real. Os figurinos - cerca de 500 peças - e todo o cenário salta aos olhos com muita cor e glitter.
Entrevista do Papel Pop com os três atores principais da peça:
O autor Stephan Elliot, criador da clássica história
"Priscilla, Rainha do Deserto", contou que o enredo que originou o
filme e o musical, foi inspirado em uma drag queen brasileira durante evento
para a imprensa que aconteceu na quarta passada.
Bem humorado, Stephen contou que teve a ideia de escrever a
história em 1989, quando estava no Brasil para ver o Carnaval do Rio de
Janeiro. No meio da multidão, ele viu uma drag e pensou: "Tenho que levar
uma drag para o deserto da Austrália". Ele também disse que as
"pessoas pensam que 'Priscilla' é sobre a cor, o figurino e a música, mas
na verdade é uma história sobre amor e tolerância", afirmou. Atualmente, o
autor é recém-casado com um brasileiro, que conheceu nessa visita ao país.
O musical está em exibição no Teatro Bradesco, fica no
Bourbon Shopping aqui em São Paulo. Compre os ingressos pelo site
oficial: http://musicalpriscilla.com.br/
Bom.. estes dias passou uma matéria na Globo sobre esse musical brasileiro e mostrou algumas coisas nele que eu não gostei. Roupas muito simples, sem brilho, com material reciclado. Enfim... eu vi o que você postou aqui e vejo que é diferente do que vi na reportagem. Muito diferente. E agora? Nem sei o que pensar.
ResponderExcluirAbraços. Fabiano Caldeira.
Olá Fabiano!
ResponderExcluirNa realidade, de brasileiro no musical apenas os atores, já que todo o resto veio diretamente de Londres. Ainda não tive a oportunidade de ver, mas irei, se tudo der certo, daqui dois meses. As músicas também são todas em inglês, acho isso super válido, Priscilla, além de um ótimo roteiro, é sustentada pela excelente trilha sonora. Venho aqui contar todos os detalhes e postar fotos quando conferir. Acredito que não vou me decepcionar!
Abraço!
OK... então não sei que raio de reportagem eu vi nessa Globo porque eles mostraram músicas em português e umas roupas horrorosas feitas com material reciclado. Poste, sim, por favor!
ResponderExcluirAbraços. Fabiano Caldeira.